EU TE ODEIO!

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“…E de todos sereis odiados por causa do meu nome…”
(Lucas 21.16-17)
Novo mandamento vos dou: Que vocês amem uns aos outros…

Nada mais importa… O resto é perfumaria.

A ordem é amar o vizinho, o colega de escola ou de trabalho.

A ordem é ver a si mesmo no outro e assim sentir-se bem por meio do sucesso alheio.

 

Para fazer isto, vale tudo:

Se for necessário acreditar que Deus criou todas as coisas em 144 horas, para amar alguém, eu acredito.

Se for necessário acreditar que Jonas foi engolido por uma enguia elétrica, para amar alguém, vale à pena.

Mas, para amar alguém, você pode ou não acreditar nestas coisas. Pois o mandamento é amar.

Mas, mesmo assim, se for necessário crer que Moisés abria os mares e tirava água de pedra e que ele dava inveja ao ilusionista David Copperfield, a gente acredita, que importa? O que importa é o Novo Mandamento: Amor!

 

Vamos deixar Saramago com suas perguntas primárias (“Como pode Deus tirar uma mulher de uma costela?”). Talvez Saramago tenha dificuldade em abstrair… Não invista seu tempo e energia com questões primárias, mas foque-se no primordial: Só o amor pode fazer desta uma existência interessante e deste um mundo suportável aos seus habitantes. Fuja das intolerâncias.

Vamos nos focar no novo! O novo é: “Ame Saramago! Ame os que não conseguem abstrair.” Às vezes Saramago não tolera os intolerantes e assim faz-se um deles. Quanto a mim, quero tolerar todos os intolerantes, posto isto ser novo. Isto é amor. Leia Saramago!

Se um harém saiu de Adão, isto não deve ser fator impeditivo para eu ser tolerante com os desprivilegiados. Não deve ser estorvo para eu ajudar o necessitado. Não deve ser encosto para eu não dar a outra face. Sejamos humildes e não arrogantes em nossas opiniões. Isto também é novo: isto é amor!

Se for necessário eu acreditar que meus antepassados tiveram barbatanas, mesmo sendo isto apenas teoria cientificamente não comprovada, para amar os outros, tá valendo! Quer ser feliz ou ter razão? Que meu vizinho possa reconhecer Deus na minha vida pelo que eu fiz por ele, não porque sou um bom debatedor de ideias.

Se for necessário acreditar que um Big Bang veio do nada e não de algum criador: beleza, posso também crer nisto para poder destilar amor a todos. Esta é só mais uma teoria cosmológica cientificamente não comprovada, mas é melhor amar que discutir o indiscutível. O amor é eterno. As teorias não. Vamos amar as pessoas com esta teoria ou com as demais que um dia a substituirão.

Para amar alguém, você pode ou não acreditar nestas coisas. Pois o mandamento é amar. Posso negociar tudo. Só não negocio o amor, porque Deus é amor, e Ele não está na banca.

Vamos deixar o ateísta Richard Dawkins com sua rebeldia juvenil, que está fundando um novo tipo de religião fundamentalista para agredir outros fundamentalistas agressivos. Novos e velhos adolescentes emocionais merecem o nosso amor e compreensão, não ódio. Talvez ele possa ter sido abusado por um clérigo pedófilo em sua infância, sei lá, e hoje está apenas dando o troco na pessoa errada: Deus! Isto Freud explica facinho:

“A religião é comparável a uma neurose da infância.” (Sigmund Freud)

Deixemos Dawkins e sua ira de lado: “Não pague o mal com o mal, mas pague o mal com o bem” é o novo mandamento. Pode ser que um dia ele entenderá o que leu: que o Velho já passou e hoje estamos no Novo, que é “Amar o outro, tolerar as diferenças e não odiar o outro”. Pode ser que um dia nós também entendamos isto…

Se Dawkins é fundamentalista, não sejamos também intolerantes religiosos, posto isto ser medieval! Ao contrário, vamos tolerar os diferentes… Isto é novo. Isto é amor.

Jesus nos deu um novo mandamento.

Nada mais importa… O resto é perfumaria.

(P.S.: Vejam que feio, até eu, para escrever este artigo, aproveitei para espezinhar alguns desafetos…)

 


 

Isto eu encontrei depois de finalizar este artigo:

“A única coisa que um judeu precisa saber é que Moisés ensinou que havia um só Deus para todas pessoas. O resto é irrelevante.

Um cristão precisa saber que o Cristo mensageiro disse para amar o próximo como a si mesmo e Deus sobre todas as coisas. O resto é irrelevante.

Os budistas precisam saber que Buda ensinou que devemos nos desprender de nosso orgulho, ego, cobiça e ambição material. O resto é irrelevante.

A única coisa que um muçulmano precisa saber é que a guerra santa que o profeta ensinou não é uma batalha contra outras crenças. E sim a conquista do nosso próprio mal, tentações e orgulho. O resto é irrelevante.

E a única coisa que um ateu precisa entender é que nós, não um deus distante, somos os responsáveis por nossas atitudes. O resto é irrelevante. “

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