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OS “CRENTES” E A POLÍTICA: Como isto funciona?

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Este texto não tem a intenção de definir a posição político-ideológica do editor deste website. Ao contrário, considerando o fato de:
a) Sermos formadores de opinião para parte da cristandade brasileira,
b) Estarmos passando por ambiente político denso,
c) Bem como estarmos próximos de período eleitoral,
d) Nosso objetivo é suscitar a reflexão do leitor por meio de subsídios. Boa leitura. Boa reflexão. E chegue às suas próprias conclusões!

OS “CRENTES” E A POLÍTICA: Projeto Político Feito em Nome da Igreja Evangélica ou de DEUS.

“Primeiro, não estamos inaugurando uma Era, não estamos inventado a roda. O que corrompeu e corrompe a Igreja fazendo-a “igreja”, foi exatamente o amasiamento com a Política. Assim, apenas pegue qualquer livro razoável sobre História da Igreja e você verá que quase todas as calamidades “cristãs” nasceram desse casamento entre ideologia política e igreja.

Segundo, quando a igreja entra num projeto político ela nunca o faz em seu próprio nome, pois, para todos, ela é a “representante de Deus” nas coisas da Terra. Embora a “igreja” não seja representante de DEUS, porém, tendo “vendido” esse papel para o povo, não há como separar qualquer de seus atos da vinculação ideológica que eles criam em relação a “Deus”.

Terceiro, DEUS não tem nada a ver com César. Que se dê a César o que ele diz que é dele. E isto é apenas uma estampa numa nota de dinheiro ou numa moeda. DEUS, todavia, não precisa da igreja na política, pois, além de que Seu reino não é deste mundo, a participação da igreja em tais projetos sempre “ideologiza” o nome de DEUS e produz os maiores surtos de megalomania e corrupção dentro da “igreja” e no coração de seus líderes.

Quarto, a própria história raramente dá testemunho de gente crente que, como crente, fez qualquer diferença no processo processo político. Os grandes cristãos que influenciaram o mundo não o fizeram como “cristãos”, mas apenas como cidadãos independentes, vivendo a verdade de suas próprias consciências como indivíduos interessados no bem-comum. Os seres que mais influenciaram politicamente o mundo ou não eram cristãos ou eram cristãos que fizeram e fazem politica em nome do homem, de sua dignidade, mas nunca em nome de DEUS.

Quinto, quem faz política em nome de DEUS faz grande mal ao povo em geral, e, mesmo que seja na ignorância, acaba por pavimentar o caminho da corrupção dos crentes. O ação de Martin Luther King, nunca foi “religiosa”, mas apenas cidadã e humana, botando ele a sua própria cara para apanhar, e sem fazer evocações de sua relação com a “igreja”.

Sexto, só creio que a participação da igreja em qualquer processo político só acontece com saúde, quando não é feita nem em nome da igreja ou de DEUS. Por quê será que a fase de maior poder espiritual da igreja aconteceu até o 4º Século, quando a igreja era perseguida e quando não tinha nem prata nem ouro, mas tinha grande poder no Espírito Santo?

Sétimo. Política é coisa para ser feita pelo homem e em nome do homem, não em nome de DEUS. Quando os “crentes” surtam e creem que salvarão a pátria, em geral o que acontece é que eles arruínam a fé.

Oitavo, só respeito crente na política quando o sujeito não tem entre os crentes a sua única base eleitoral; e, sobretudo, se tal pessoa é capaz de ser cristã sem usar a bandeira evangélica como ideologia de campanha ou como argumento de superioridade moral e ética. Há uns vaga-lumes aqui e ali, mas 99% dos “evangélicos” que aparecem no mundo político, seja como candidato ou seja com pastor-cabo-eleitoral, está dentro do esquemão!

Nono, quem usa o nome de DEUS ou a fé para fazer política-partidária acaba por se tornar um grande corruptor de almas, sem falar que a própria pessoa vai ficando cínica e macerada, a ponto de desenvolver uma total falta de temor de DEUS. Afinal, sabendo o que fazem, com quem fazem e como fazem, e já por tantos anos, só posso pensar que além de não conhecerem a DEUS e ao Evangelho, tais pessoas nem mesmo creem em DEUS; posto que não o temem; pois, caso o temessem, não brincariam com coisa tão séria! Ninguém que convive gostosamente nesse meio preserva a alma em pureza para com o Evangelho!

Décimo, então um cristão não pode se envolver em política? Minha resposta é simples: Sim, ele pode. Todavia, que faça isto como cidadão, com boas propostas, e que sejam para todo o povo. E mais: que não use a “igreja” e muito menos a fé a fim de conquistar eleitorado! E não vote em ninguém que use o Evangelho para se promover politicamente.

Décimo primeiro, você pode imaginar JESUS interessado em eleger ou em posicionar gente dentro das estruturas de poder a fim de adiantar o lado do Evangelho? Tente responder a essa pergunta e você nunca mais terá dúvidas quanto ao que se afirma aqui! A verdade é que o Evangelho de JESUS não precisa de nada disso. O grande poder da verdadeira igreja está em pregar o Evangelho do Reino, com pureza, poder do Espírito e simplicidade.

Décimo segundo, estes que fazem assim, já não creem em DEUS, mas apenas no fato de que o “Senhor tarda”… Há um princípio do Evangelho de JESUS, o qual não necessita de poder herdado dos reinos deste mundo.”

CAIO FÁBIO, com adaptações.
Deus-e-a-política

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