SUBMISSÃO!

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Em nossos dias a palavra submissão é encarada praticamente como um tipo de xingamento. Não quero ser submissa ou submisso, pois quero ser “senhor do meu destino”, dono da minha vida. “Eu decido o que eu faço”, portanto, num contexto social no qual se valoriza a total independência de idéias e ações, falar em submissão é uma ofensa intelectual ou democrática.

Todos querem ser livres demais, donos demais, senhores ou senhoras demais. Falar em submissão dentro do contexto conjugal então… Hum… Neste caso é praticamente chamar para a briga, ganhar processo por assédio moral e escândalo social.

Nossa estrutura social não valoriza a submissão, pregando ser este um comportamento para fracos. Assim, quase que sem percebermos, vão se consolidando como corretos comportamentos indolentes e rebeldes: “Não me submeto ao professor, às regras, ao Estado, ou a qualquer autoridade constituída. Norma foi criada para ser quebrada!” Lindo!

No contexto bíblico, quando analisamos os textos néo ou vétero testamentários, podemos perceber, sem qualquer controvérsia, que os principais “heróis da fé” possuíam uma característica comum: eram submissos a Deus. Hum…

Pessoas que foram espiritualmente relevantes para sua geração foram protagonistas submissos a quem eles não viam. Submissos a princípios  espirituais. Se o mundo valoriza a independência, Deus valoriza a dependência. O pecado de Lúcifer e de Adão e Eva foi ardentemente buscarem a independência: nada de submissão ao Criador!

Ontem conversava com um amigo e concluímos que Pelé só foi o maior jogador do século XX porque nasceu no século XX… E no Brasil… Tivesse ele nascido no Brasil Colônia, teria sido uma bela mercadoria viva. Ou, caso tivesse ele nascido na Áustria do século XVIII, jamais teria visto uma bola, posto futebol ainda não existir. Edson Arantes do Nascimento somente foi “o Pelé” porque nasceu na hora certa e no lugar certo. Tudo depende da sorte e da ocasião.

Amadeus Mozart somente foi um gênio da música porque nasceu na Áustria do século XVIII. Tivesse nascido ele no Brasil do século XX, sua história seria outra.

O mesmo podemos dizer de Bill Gates e Steve Jobs que não nasceram na Amazônia e do Facebook, que não foi criado na Cisjordânia. Tudo depende da sorte e da ocasião.

“Eu descobri mais outra coisa neste mundo: nem sempre são os corredores mais velozes que ganham as corridas; nem sempre são os soldados mais valentes que ganham as batalhas. Notei ainda que as pessoas mais sábias nem sempre têm o que comer e que as mais inteligentes nem sempre ficam ricas. Notei também que as pessoas mais capazes nem sempre alcançam altas posições. Tudo depende da sorte e da ocasião.”                                                                  Eclesiastes 9.11- NTLH

Neste ponto volto à questão da submissão. Somos todos incapazes de prever o futuro com qualquer possibilidade de exatidão. Em 1920 ninguém previu a Internet nem nada parecido com ela. Não sabemos qual será o melhor ou pior país, cidade ou continente para nossa descendência viver no futuro. Não conseguimos prever crises econômicas com vinte anos de antecedência, terremotos com trinta, ou pestes com cinqüenta anos de antecedência. Mas, ainda assim, queremos ser senhores dos nossos destinos, o qual não conhecemos…

Deus, o pai bondoso, sabe o dia de amanhã e, não raro, nos desaloja. Visionário que é, por vezes providencia nossa demissão. Não raro tira seus filhos daqui e os põe ali, ou porque aqui poderá ser perigoso, ou porque ali será melhor, ou porque Ele simplesmente é o Senhor e nós seus serventes. Ser submisso à vontade de Deus é acumular bênção! Para quem tem um mal senhor, submissão é castigo, para quem serve um bom pai, submissão é consolo. Submissão é, de fato, para os corajosos, não para covardes.

Juliana Thó Dacoregio, a ex-Heresia Loira, escreveu o seguinte fragmento:

“Todos os dias entramos em contato com pessoas que nos dizem que tudo é uma questão de escolha. ‘Está em suas mãos o poder de mudar a sua vida’, ‘Você é fruto de suas escolhas’, ‘A vida é o que você faz dela’ e por aí segue. Nenhuma inverdade. Mas nenhuma verdade absoluta. Há tantos pormenores, detalhes, acasos, golpes de sorte, de azar, do destino ou daquilo que rege esse mundo vagabundo em que vivemos, que é uma ingenuidade pensar que detemos o poder sobre nosso rumo. Existem aqueles momentos em que quando você vê, já foi! E uma série de acontecimentos se desenrola fora de seu controle, para o bem ou para o mal. Às vezes o bolo desanda, mesmo com todos os ingredientes corretos e modo de preparo seguido à risca. Às vezes você pode se irritar de nunca acertar o ponto da massa, resolver comê-la crua e criar uma nova e deliciosa sobremesa. Ou ter uma intoxicação alimentar, ir parar no hospital, receber uma injeção de Plasil (sem ter tempo para dizer que você é alérgico, afinal não está pensando nisso enquanto vomita as tripas) e morrer. O que quero dizer é que somos fruto de tantas coisas além de nossas escolhas… Esse texto, por exemplo. Esse texto desandou. E você o está comendo cru.”

 

Sim, as escolhas que fazemos dos ingredientes (emocionais, profissionais, espirituais…) interferem diretamente no resultado do bolo da vida. Contudo existem outros elementos que estão fora do nosso controle, como o tempo e o espaço –  e estes também limitam ou amplificam os resultados da receita. Assim sendo, sejamos submissos sob a poderosa mão do Grande Confeiteiro, para que Ele, em tempo oportuno nos exalte… (ou não!) – Hahahahahahah!

 

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Air New Zealand surpreendendo de novo!

 

Para seguir a tradição. Este foi o primeiro.

(Percebeu que todos estavam… Pelados?)

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