UMA VERDADE INCONVENIENTE…

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Al Gore tem feito seu filme por meio de outro denominado “Uma verdade inconveniente”. Na verdade este título é quase pleonástico, posto que, de fato, quase toda verdade é inconveniente. Daí a necessidade de escondermos nossas verdades e apresentarmos algumas mentiras disfarçadas de piedade ou auto-piedade.

A verdade nua e crua quase sempre dói, se não em nós, ao menos no outro.

Na Bíblia, não raro, temos visto muitas estórias que são histórias de homens que por falar a verdade, sofreram injúria, perseguição e morte.

Mas quero ater-me apenas num caso, João, o Batista, primo de Jesus, sobrinho de José, o carpinteiro. Um cara meio louco, que naquela época já era veggie, pois não comia carne – devia ser bem magrinho e sem barriga. O cara, ainda por cima, era meio hippie, pois vestia-se apenas com roupas de couro… Cara, se um pastor nos dias de hoje resolver ser um João Batista… Hahahaha! Acho que acabará acontecendo com este o mesmo que aconteceu com aquele!

Pois João Batista falou a verdade e isto foi imputado por pena de morte, pois assim é contada esta história por três diferentes narradores. Herodes, o tetrarca*, tinha um irmão que era casado com uma tal de Herodias. Além de espertíssima (como boa parte delas), esta mulher devia também ser muito… “atraente” (aqui não posso usar outro adjetivo mais… “carnal” – Hahahaha!).
Herodias devia ter seus 43 anos, ou seja, uma coroa bem da enxuta, pois Herodes, mesmo podendo ter a jovem que quisesse por esposa, preferiu esta coroa, que dantes já estava com seu irmão. Ela preferiu trocar o primeiro marido por algo melhor, ficando com Herodes, irmão do anterior, e assim tornou-se a “primeira-dama”.

Mas, como disse Drummond (Hahahaha! Sim! Ele disse isso também): “No caminho tinha uma pedra…” e esta pedra chamava-se João Batista. Pois é, João não se contentou e disse para Herodes: “Não te é lícito possuí-la”, pois ela era do irmão (talvez não o coração, mas sim o corpo). Herodias odiou João Batista por ele estar estragando sua felicidade com aquela acusação cristã idiota. Este lance de denunciar o pecado é algo realmente inconveniente, como normalmente a verdade é. João poderia ter ficado quietinho. Ninguém pediu sua opinião. O que é que ele tinha que se meter?

Na primeira oportunidade Herodias deu um jeito de pedir a cabeça de João Batista e assim foi feito. João foi decapitado e sua cabeça foi entregue para sua filha Salomé numa bandeja. A inconveniente verdade incomodava Herodias e acabou sendo ainda mais inconveniente para o próprio João.

Assim é hoje. Quando as verdades são ditas, as pessoas se incomodam. Nada mais inconveniente que um pastor falar a verdade sobre o pecado. Pior ainda quando os ouvintes são o clero ou religiosos, como aconteceu com Cristo ou João, que não tinham dificuldades em serem inconvenientes, anunciando verdades.

Quanto de verdade estamos dizendo para nós mesmos?
Assumimos que muitos de nossos atos são realmente errados ou pecaminosos?
Temos interesse em falar a verdade? Em viver a verdade de verdade?
Muitas vezes todos nós preferimos o conforto da mentira e pior, mentimos para nós mesmos.
Mentimos que nosso casamento está bom. Que nossas escolhas foram corretas. Que não temos condições de tomar atitudes coerentes. Por aí vai…

João Batista perdeu a cabeça por ter denunciado o erro. Quem fala verdades, nem sempre é amigo do Rei.

O que vamos escolher para nortear nossa vida? A inconveniência da verdade ou o conforto da mentira?

*Um dia ainda me animo em pesquisar o que significa esta palavra. Se ficou curioso, faça isto já.
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Agora vamos relaxar!
Com esta estória de João Batista, o cara que batizava nas águas, vou apresentar um filme sobre a importância da água para a saúde… Água nos deixa novinhos em folha.
Ah! Água, you make me feel brand new!


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